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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Rebatendo críticas aos RPGs e Card Games

Neste post de minha autoria, eu mostrei dois posts preconceituosos de uma igreja (é verdade que existem várias sandices do gênero na Net, uma busca no Google deve retornar umas centenas de milhares de resultados), este em especial, me chamou a atenção por dois motivos. Primeiro: os argumentos são pra lá de similares dos compatriotas católicos da inquisição e segundo: o comentário onde rebato as críticas foi apagado, junto com vários outros que se absteram de ofender o autor para dar uma resposta inteligente.
Aqui, a coisa é diferente. Eu falo e a liberdade de expressão é respeitada. Então eu vou começar.
1 - Sobre a crítica ao RPG: não é um argumento muito usado, os fanáticos preferem entoar jargões prontos, como o de que os RPGs incentivam o paganismo, práticas ocultistas e satânicas e a violência. No post a que me refiro, o autor citou estudos de universidades que deveriam sustentar seu argumento preconceituoso. Por um lado isso já seria uma boa coisa, se valer de estudos sérios para fortalecer argumentos, mas por outro, falar uma coisa sem conhecer os resultados contrários de outros estudos é idiotice. Aqui está um link de um estudo que mostra justamente que os jogos são benéficos: http://www.omelete.com.br/cine/100003864.aspx.
2 - Sobre o suicídio do garoto: todos os fanáticos dizem que a culpa é do jogo Dungeons & Dragons, mas agora eu pergunto: e quando uma pessoa morre por causa do cristianismo? Jim Jones matou mais de 200 fiéis de sua seita evangélica e em seguida se matou também, se eu falo isso a um crente, fatalmente ele é excluído e endemonizado. Isso quando não recorrem ao jargão pronto "Olhe Deus, não o homem". Pois no caso do RPG eu digo a mesma coisa. A PESSOA é unicamente responsável por seus atos, não o jogo.
3 - Sobre a crítica a Yu-gi-oh: Eu não curto o jogo de cartas e menos ainda o anime. mas a verdade tem que ser dita aqui, pelo menos. Yu-gi-oh, assim como todos os animes de qualidade, é forjado em valores como amizade, respeito e honestidade. Os duelos, que é como são chamadas as partidas do jogo de cartas, não são gratuitos ou por objetivos fúteis, como dinheiro ou riquezas (como sugerem os imbecis que acham que jogos como Magic e afins incentivam os jogos de azar), e seguem regras rígidas, regras essas, que são seguidas inclusive pelos personagens vilões do anime. O MAL EXISTE SIM, mas tudo é contextualizado.
4 - Especificamente sobre o jogo de cartas: os monstros, que é como são chamadas as criaturas presentes no jogo, não são necessariamente feios, sombrios ou brutais, na mesma proporção também existem as criaturas da luz, fato esse, ignorado pelos hipócritas.
5 - Agora um pouco da mentalidade japonesa: a cultura japonesa não é uma cultura de bem e mal absolutos, como a ocidental. É uma cultura de equilíbro entre luz e escuridão. A definição de "demônio" para o povo japonês é totalmente diferente da ocidental, que considera demônio somente as criaturas sombrias, das trevas. Para os japoneses, qualquer criatura pode ser um demônio, de anjos, elfos e fadas a esqueletos, zumbis e até alienígenas. Os Onis são o único correlato imediato ao demônio ocidental, mas não são retratados nem no anime e nem no jogo de cartas.
A única coisa que se perde com isso é tempo e a oportunidade de aprender a conhecer novas culturas e novas mentalidades, descobrir que não existe só o seu deus, só o seu perfume, só o seu conhecimento no mundo...

Agora fica a pergunta. Hoje proíbem o jogo. Amanhã proíbem a televisão, as comunicações e logo surgião outras medidas que remetem ao 3º Reich nazista. Aos fanáticos deixo a pergunta: O que é pior, um jogo ou a ignorância?

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